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A CHINA DE OLHO NOS RECURSOS NATURAIS DO ESPAÇO

Atualizado: 24 de abr. de 2020

Parece que a China está de olho nos recursos naturais do espaço. A Origin Space, empresa chinesa que se propõe à exploração desses recursos, assinou um contrato com uma fabricante para o desenvolvimento de um telescópio espacial óptico. Com isso, ela dará um novo passo rumo às missões de mineração de objetos espaciais.


Recursos naturais, como a água e determinados minerais, podem ser utilizados no espaço para diversos fins, como para produzir combustível ou componente para a construção de infraestruturas espaciais. Isso não só poderá reduzir o custo das missões, como gerar alguns bilhões de dólares no faturamento global dessas empresas nas próximas décadas.

O contrato da Origin Space foi assinado em 10 de abril com a DFH Satellite, uma subsidiária da China Spacesat, que pertence à China Aerospace Science and Technology - a principal contratada estatal para os programas espaciais da China.

Nenhum detalhe do telescópio espacial, que recebeu o nome de Yang Wang-1, foi divulgado. No entanto, o SpaceNews cogita que o lançamento dele esteja agendado já para 2021. O telescópio será então usado para observações de asteroides como o primeiro passo para começar a planejar meios de extrair e utilizar recursos naturais desses objetos.

Conceito de uma nave de extração de recursos espaciais em um asteroide (Imagem: Deep Space Industries Harvestor)


Entretanto, embora seja potencialmente muito lucrativa, a extração de recursos espaciais precisa passar primeiro por vários obstáculos técnicos, financeiros e legais. A Origin Space disse ao SpaceNews, no ano passado, que um dos grandes desafios no momento é obter recursos financeiros para levar o projeto adiante.

Além disso, as empresas chinesas esperam há muitos anos por uma lei espacial na China, que ainda não foi aprovada. Portanto, a posição do país em relação à utilização de recursos espaciais ainda é um tanto misteriosa. De qualquer forma, a Origin Space parece otimista o suficiente para iniciar suas observações espaciais em busca de asteroides que carregam recursos úteis para explorar e extrair no futuro.


Enquanto isso, a China se prepara para enviar uma nova missão à Lua, a Chang'e-5, que tentará trazer amostras de lá. Duas missões no polo sul lunar, a Chang'e-7 e -8, também estão no cronograma, e devem incluir testes de verificação de tecnologia de utilização de recursos no local. Por fim, existe a proposta de uma missão para trazer amostras de asteroides ainda no início desta década.


Fontes/créditos



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