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SENSORIAMENTO REMOTO AEROTRANSPORTADO COMO FERRAMENTA DE PRODUTIVIDADE NA MINERAÇÃO


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Por Paulo Henrique Guerra Martins Torres, Marcelo Ângelo Andrade, Cristina José de Assis Souza, Bruna de Carvalho Fonseca Lage e Mara de Oliveira Lage Guerra, da Funcesi*

Foto: Avant Topografia

As frentes de lavra (a céu aberto ou subterrâneo), onde ocorre a extração de minério e estéril, são constantemente alteradas devido à lavra pelos equipamentos de carregamento e transporte. A técnica de levantamento topográfico, o GPS de alta precisão, é comumente utilizada pelos topógrafos para analisarem o local, tendo que andar a pé para executarem a atividade de campo. Dessa forma, equipamentos tecnológicos inovadores são essenciais para a melhoria contínua desse processo. O sensoriamento remoto aerotransportado é uma ferramenta de levantamento topográfico que faz uso de um veículo aéreo não tripulado (VANT) capaz de registrar fotografias aéreas georeferenciadas, tornando possível a extração de coordenadas geográficas da área levantada. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar as contribuições do sensoriamento remoto aerotransportado em levantamentos topográficos para a produtividade na mineração em relação ao método convencional GPS de alta precisão. A metodologia utilizada teve uma abordagem quantitativa, de forma descritiva, por meio da pesquisa de campo. O universo foi constituído por uma mineradora localizada na cidade de Itabira-MG e a amostra foi composta pela mina de Dois Córregos, situada na mineradora. Os dados foram coletados através de análise documental. O critério de amostragem foi não probabilístico por tipicidade e os dados foram analisados através da estatística descritiva. Os dados evidenciaram que a técnica de levantamento topográfico através do sensoriamento remoto aerotransportado utilizando um VANT contribuiu para melhorias em termos de qualidade geométrica e maior nível de confiabilidade do “mapa topográfico digital”.

Introdução

Com a alta competitividade no mercado atual, as indústrias de extração mineral buscam cada vez mais o uso de tecnologias, objetivando retorno em produtividade e segurança para seus funcionários.

A técnica de sensoriamento remoto aerotransportado permite realizar levantamentos topográficos de forma a reduzir o tempo gasto nos levantamentos topográficos das frentes de lavra da mina. Diminui a exposição dos funcionários aos riscos de acidentes de trabalho, quando comparado à utilização da ferramenta GPS de alta precisão. Dessa forma, a ferramenta sensoriamento remoto aerotransportado tende a aumentar a segurança nos processos produtivos por evitar que os trabalhadores executem trabalhos repetitivos, monótonos ou considerados de risco.

O sensoriamento remoto é a arte da ciência pela qual se obtém informações sobre objetos ou fenômenos a partir de dados coletados sem estar em contato físico direto com tais objetos, pode ser usado para medir e monitorar importantes características biofísicas e atividades humanas (Jensen, 2011).

Assim, este estudo tem como objetivo analisar as contribuições do sensoriamento remoto aerotransportado em levantamentos topográficos para a produtividade na mineração em relação ao método convencional GPS de alta precisão.

GPS

O GPS (Global Positioning System), que significa Sistema de Posicionamento Global, tem como função localizar um receptor na superfície terrestre que capture sinais emitidos por satélites em órbita na Terra e transforma-os em coordenadas, que podem ser registradas em qualquer local do Planeta Terra (Loch e Cordini, 2007).

Monico (2000) ressalta que para que seja alcançado o posicionamento em tempo real, é necessário que o receptor GPS reconheça pelo menos quatro satélites que estejam em órbita na Terra.

Segundo Jensen (2011), o sistema GPS é considerado a ferramenta mais utilizada pelos cientistas que buscam medidas precisas da localização de coordenadas cartesianas geocêntricas (x, y, z), as quais são transformadas em coordenadas geográficas (latitude, longitude e altitude), com custo-benefício relativamente baixo.

O nível de precisão dos resultados gerados pelo sistema GPS depende de alguns fatores, como quantidade de satélites a serem capturados pela ferramenta, posição dos satélites no momento da rastreabilidade do aparelho, tempo de captura e tipo de receptor a ser utilizado (Loch e Cordini, 2007).

Portanto, o levantamento topográfico com o uso do GPS consiste em obter coordenadas x, y e z do local desejado, para representação geométrica de parte de uma superfície terrestre. A coleta de dados (coordenadas) é realizada em campo e o tratamento dos dados normalmente é feita em escritório com a utilização de softwares específicos. Após o tratamento dos dados, é possível visualizar a geometria da área estudada, de modo que quanto mais pontos forem coletados, maior será a precisão nos resultados, ou mais próxima da realidade (Souza, 2001)

Quanto ao uso do GPS, Jensen (2011) destaca como desvantagem o levantamento em áreas muito extensas e de pouca acessibilidade, uma vez que o operador com esse sistema deve percorrer toda a topografia do local onde deseja mapear e registrar as coordenadas para obter informações próximas da realidade.

Sensoriamento remoto

Para Novo (1998), o sensoriamento remoto utiliza sensores capazes de obter energia proveniente de um objeto ou fenômeno e transformá-la em dados que podem ser registrados para a coleta de informações.

Florenzano (2013) relata que a energia capturada pelos sensores, a energia refletida (originada pelo sol ou alguma outra fonte de luz) ou emitida pela superfície terrestre, é transformada em sinais elétricos que são registrados e transferidos para as estações terrestres que recebem os dados, em forma de gráficos, imagens ou tabelas, para que se obtenha informações importantes sobre o fenômeno capturado.

Jensen (2011) destaca que os aparelhos de sensoriamento remoto registram em sua maioria, a radiação eletromagnética que se desloca a uma velocidade de 3x108 m s-1 a partir da fonte, por meio do vácuo, tendo a eficiência consideravelmente elevada, devido à altíssima velocidade de coleta dos dados entre o sensor e o fenômeno capturado.

O alcance do sensor em relação à superfície terrestre varia, assim, são considerados três níveis de altitude, segundo Longhitano (2010): orbital (sensores acoplados em satélites), aéreo (sensores acoplados a aeronaves, sejam elas tripuladas ou não) e de campo/laboratório (onde os sensores são instalados em plataformas terrestres).

O sensoriamento remoto é capaz de adquirir diversas informações de objetos ou de áreas de interesse sem que o homem necessite de contato com o ambiente a ser sensoriado. Portanto, é possível aplicar a ferramenta em diversas áreas de risco ou áreas impossíveis de serem alcançadas por seres humanos.

A determinação de qual tipo de sensor a ser usado depende de fatores como: tamanho da área a ser sensoriada, precisão desejada nos resultados, custo e a disponibilidade de equipamentos sensores (Slompo, 2013).

A técnica de sensoriamento remoto pode ser utilizada em diferentes plataformas, uma delas é o veículo aéreo não tripulado (VANT). Em sensoriamento remoto, os VANT’s, também conhecidos como drones,normalmente são controlados por um operador dispondo de controle remoto a partir de uma base principal. A localização da aeronave durante todo o processo é reconhecida por meio de um GPS acoplado na aeronave. Para complementar o processo, é necessário que a aeronave disponha de uma câmera fotográfica, de preferência em alta resolução, para capturar imagens que podem ou não serem georeferenciadas, de acordo com cada objetivo (Jensen, 2011).

Andrade (2013) ressalta que o levantamento topográfico realizado com VANT’s pode ter menor custo que o método habitual e diminuir os riscos de acidentes de trabalho com as pessoas.

Segundo Ferreira (2013), os VANT’s são inovações tecnológicas que podem “abrir as portas” para estudos da Terra de forma a obter informações com alto nível de qualidade e resolução de imagens.

Acesse o artigo completo aqui

Fonte/Creditos:

Conexao Mineral

http://conexaomineral.com.br/noticia/293/sensoriamento-remoto-aerotransportado-como-ferramenta-de-produtividade-na-mineracao.html

Por Conexao Mineral

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