O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) finalizou o novo mapa geológico do Ceará, com a atualização do conhecimento geológico do estado.
A publicação reúne dados e informações gerados em dezenas de projetos de cartografia geológica realizados pelo SGB-CPRM, em pesquisas acadêmicas executadas em universidades brasileiras, e nas diversas publicações técnico-científicas produzidas nos mais de 148 mil km² do território do estado.
Os produtos gerados pelo Projeto Mapa Geológico do Ceará, executado pela equipe da Residência de Fortaleza do SGB-CPRM, que inclui o mapa geológico e o mapa de recursos minerais, ambos apresentados na escala 1:500.000, além do conjunto de bases de dados geológicos relacionadas, estão todos disponíveis a partir desta quinta-feira, dia 10/09, para download no GeoSGB e RIGEO.
Os produtos gerados constituem importante ferramenta para múltiplos usuários. Para o setor mineral, os mapas permitem a avaliação integrada das áreas de maior interesse para pesquisa e investimentos. De acordo com pesquisador do SGB-CPRM Tercyo Rinaldo Gonçalves Pinéo “Os mapas apresentam informações importantes sobre as ocorrências minerais e associações de rochas que aos olhos dos geólogos e prospectores indicam as áreas mais potencias para determinadas mineralizações, que poderão ser investigadas pelo setor mineral com maior grau de detalhe”, explica o geólogo.
Os mapas também têm grande relevância para gestores públicos nas decisões sobre a construção de grandes obras públicas ou obras de engenharia de médio porte. “O método a ser empregado em uma obra para prospecção de água subterrânea, por exemplo, como a construção de uma barragem, é definido de acordo com o tipo de rocha existente no local.
Se o Estado possui um mapa com esses dados disponíveis e de forma acessível, isso implica em redução de custos públicos e do setor privado em projetos de engenharia e em pesquisa de recursos hídricos”, relata Tercyo. Os mapas também podem ser utilizados no planejamento do uso e ocupação do solo, em áreas urbanas e rurais. “Os mapas e bases de dados podem ser utilizadas por gestores públicos na elaboração e execução de obras importantes como rodovias e canais de integração hídrica, ou seja, disponibilizam informação pública de qualidade, visando o desenvolvimento regional”, acrescenta.
A potencialidade mineral do Ceará pode ser avaliada nos produtos, com mais de 900 ocorrências de recursos minerais, especialmente para rochas ornamentais, magnesita e também materiais para o setor de construção civil, como areia, argila e brita. Com relação aos metais, foram registradas mais de 200 ocorrências de ouro, platinoides, ferro, chumbo, cobre e cromo. Em menor proporção, foram cadastradas ocorrências de gemas de ametistas, berilo e turmalina, além de urânio. “Dentre as substâncias minerais que há no estado do Ceará, destacamos o setor de rochas ornamentais, sendo o terceiro maior exportador do país. Destaca-se também as mineralizações auríferas e elementos do grupo da platina na região do município de Pedra Branca e minerais estratégicos como fosfato-urânio da jazida de Itataia, localizada no município de Santa Quitéria, sendo o fosfato matéria-prima para a produção de fertilizantes, insumo de extrema importância para a agricultura nacional”, resumiu.
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Fontes/créditos:
Janis Morais
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Por Janis Morais
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