A BHP também divulgou uma queda de 35% no lucro, que ela afirmou ter sido prejudicado por fraqueza no mercado de commodities e pressões de custo.
A BHP e suas concorrentes têm priorizado a redução de custos e reconsiderado investimentos, conforme a demanda na China cai devido ao enfraquecimento da economia chinesa. Os preços para muitas commodities industriais estão no nível mais baixo em anos.
A anglo-suíça Xstrata PLC já adiou o gasto de US$ 1 bilhão de um plano de investimento de capital de US$ 8,2 bilhões planejado para este ano. E a Anglo American PLC, com sede em Londres, informou no mês passado que estava adiando projetos para reduzir seus gastos de capital para este ano em US$ 500 milhões, para US$ 5,5 bilhões.
A BHP informou ontem que não vai aprovar nenhum grande projeto novo pelo menos até meados do ano que vem, retardando uma proposta mina de potassa no Canadá e planos de expandir as instalações portuárias de exportação de minério de ferro Port Hedland na Austrália. A empresa também postergou o desenvolvimento de um depósito de carvão australiano. Mina da BHP Billiton na Austrália (Fonte: Reuters)
Há apenas um ano, a BHP estava destacando os prospectos de um investimento de US$ 80 bilhões para capitalizar a demanda asiática por materiais como carvão para alimentar termoelétricas e minério de ferro para fazer aço para construção. A companhia também gastou mais de US$ 12 bilhões em aquisições para ganhar exposição ao gás de xisto nos Estados Unidos.
Mas a corrida americana do gás de xisto produziu um excesso que tem depreciado o gás natural. Isso levou a BHP a fazer baixa contábil por imparidade de certos ativos, e levou seu diretor-presidente, Marius Kloppers, a abrir mão de seu bônus para este ano. Isso prejudicou ainda mais sua imagem entre investidores, depois que tentativas de comprar a também anglo-australiana Rio Tinto PLC e a canadense Potash Corp. of Saskatchewan Inc. deram em nada durante seus cinco anos no cargo.
O lucro líquido da companhia caiu para US$ 15,42 bilhões para os 12 meses encerrados em junho, depois de bater um recorde no ano fiscal de 2011 com US$ 23,65 bilhões. Os números mais recentes incluem gastos extraordinários com a Olympic Dam, os ativos de gás de xisto e com projetos de níquel na Austrália.
O faturamento subiu 0,7%, para US$ 72,23 bilhões, enquanto o fluxo de caixa operacional caiu 19%, para US$ 24,38 bilhões.
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Fontes/créditos:
http://br.wsj.com/articles/SB10000872396390444812704577605911147957558
Por Robb M. Stewart, de Melbourne, Austrália